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Tupy aposta em alta demanda de CGI no médio prazo
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A Tupy, empresa brasileira de fundição, espera aumentar significativamente o fornecimento de componentes de ferro fundido vermicular (do inglês Compacted Graphite Iron) para o setor automotivo nos próximos quatro anos, principalmente para Audi, DAF e especialmente a Ford.
O otimismo parte do próprio presidente da Tupy, Luiz Tarquínio Ferro, que comentou a tendência de aumento da demanda por este tipo de insumo durante uma conferência com acionistas da SinterCast, empresa de origem sueca e também especialista em fundição de CGI, da qual a Tupy utiliza tecnologia de controle e processo de produção para o ferro fundido vermicular. O executivo observou que o CGI se tornou uma ferramenta cada vez mais importante na estratégia de crescimento da empresa.
Segundo ele, nos últimos anos, o ferro fundido vermicular tem conquistado um crescente espaço na indústria automobilística, destinando-se principalmente para cabeçotes e bloco de motores. Sua maior resistência mecânica em relação ao ferro fundido cinzento possibilita a produção de motores com maiores pressões na câmara de combustão, tornando-os mais eficientes e menos poluentes. A tecnologia possibilita também a produção de motores mais leves em função das menores espessuras das paredes necessárias ao bloco.
Com vários componentes CGI já em produção em série, Ferro confirmou que já fechou compromissos de fornecimento adicionais aos atuais, capazes de superar a participação de 13% do CGI no volume de vendas para o setor automotivo verificada no primeiro trimestre. No mesmo período do ano passado, esta fatia era de 10%.
Com sua capacidade atual de produção de CGI a partir de suas quatro fábricas – duas no Brasil e duas no México – a Tupy tem o potencial de fornecer um volume de componentes equivalentes a mais de 2,5 milhões de motores. Segundo Ferro, a Ford está entre os maiores clientes, em especial por causa do motor a gasolina EcoBoost turbo 2.7, o mais recente da marca a entrar em produção na fábrica de Ohio, nos Estados Unidos, e que equipa o modelo F-150. O motor de 6.7 diesel V8, usinado e montado na unidade da Ford no México também já utiliza partes em CGI.
“A Tupy está empenhada em liderar a tendência mundial de CGI para tecnologias de elevada performance, eficientes e de motores mais ecológicos”, afirma Ferro, que acrescentou: “Acredito que cada vez mais o CGI irá substituir o alumínio para certos componentes do motor”.
Cerca de 90% dos negócios da Tupy relacionados ao CGI é para o setor automotivo, com veículos comerciais respondendo por 43% e outros 24% para veículos leves de passeio, enquanto 28% demandam de veículos fora de estrada. Do total de componentes em CGI, 52% do negócio tem origem na região do Nafta (Canadá, Estados Unidos e México) e 25% vêm da Europa. América Latina responde por 29%, deixando 4% para outras regiões. A empresa verificou participação importante da América do Norte na formação de sua receita para o primeiro trimestre, em parte, pelo aumento das vendas de CGI para a região.
Fonte: Automotive Business
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