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Montadora vence batalha por importação de componentes.
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O governo cedeu à pressão das montadoras de automóveis e deu mais prazo para o fim do incentivo tributário na importação de autopeças. A Medida Provisória 497, publicada ontem, fixa um cronograma mais gradual para o fim do redutor de 40% da alíquota do imposto de importação de autopeças. Com a medida, o redutor só será finalmente extinto a partir de maio de 2011.
Na proposta original, divulgada em maio e incluída no pacote de estímulo às exportações, o redutor seria extinto em dezembro deste ano. O redutor cairia para 20% agora, acabando no final do ano. Pela nova medida, o cronograma ficou mais "suave", segundo o subsecretário de Tributação da Receita, Sandro Serpa.
O redutor de 40% vigorará até 31 de julho deste ano, caindo para 30% até 30 de outubro de 2010. De 30 de outubro até 30 de abril, o redutor passará para 20%, caindo para zero a partir de maio.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da região do ABC Paulista, Sérgio Nobre, caso o mercado continue apresentando crescimento das importações de autopeças , favorecido pelo imposto reduzido, o setor vai morrer. "Hoje, os componentes de maior valor, e agregado aos veículos produzidos no País, vêm de fora", disse Nobre.
O Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) afirma que falta competitividade ao mercado de componentes local na guerra contra as importadas. Segundo o presidente da entidade, Paulo Butori, a política industrial é diferente no Brasil e na Índia. "No Brasil há tributos e exigências que não existem na produção indiana", disse ele.
A indústria de fundição, que é um dos elos da cadeia produtiva da indústria automobilística, considera que a medida anunciada ontem pelo governo terá impacto limitado para o setor. "O ritmo de redução do benefício às montadoras é lento e o impacto é limitado", afirmou o presidente da Associação Brasileira de Fundição (Abifa), Devanir Brichesi.
Segundo ele, a taxa média de importação de autopeças é de 14% e, com a medida do governo, cairá apenas 1,4 ponto percentual no período inicial de redução.
Fonte: DCI
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