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Importação de aço sobe quase 150% no primeiro semestre .
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A importação do aço disparou neste primeiro semestre. Segundo o Instituto Aço Brasil (IABr), nos seis primeiros meses do ano, foram importados 2,7 milhões de toneladas de aço, o que representa um aumento de 148,4% na comparação com o mesmo período de 2009, ou um volume 2,732 milhões de toneladas. Já as exportações subiram 25,4%, atingindo o volume de 4,251 milhões de toneladas.
Segundo o presidente do IABr, Marco Polo de Mello Lopes, o grande aumento no volume de importação é resultado de um movimento especulatório e, hoje, o País vive com estoque do material. "As empresas locais viram a crise na Europa, perceberam o valor baixo do aço e se estocaram. Hoje muitas delas têm aço sobrando dentro das fábricas", disse Lopes. E acrescentou: "Há companhias que estão empanturradas de aço".
A produção de aço bruto no Brasil totalizou 16,38 milhões de toneladas no primeiro semestre deste ano, o que representa um crescimento de 55% sobre as 10,565 milhões de toneladas produzidas no mesmo período do ano passado. "Efetivamente aconteceu uma recuperação do setor, que foi influenciada pelas medidas do governo anticíclicas", destacou o presidente da entidade. As vendas internas somaram 10,82 milhões de toneladas, volume 56,6% acima das 6,911 milhões de toneladas vendidas no País de janeiro a junho de 2009.
Aumentos
O presidente do IABr prevê uma trajetória ascendente para os preços de produtos siderúrgicos por conta de pressões de custos motivadas pelos reajustes nos preços do minério de ferro e do carvão, matérias-primas que juntas respondem por 50% dos custos de fabricação de aço. Segundo ele, as siderúrgicas não repassaram aos clientes integralmente os fortes aumentos de preços praticados pelas produtoras de minério de ferro e de carvão, que somam mais de 100% em cada setor. "É evidente que em algum aumento terá que ocorrer a recomposição de preços, mas não sabemos em que momento e qual a intensidade", afirmou.
Lopes admite que o forte reajuste das matérias-primas preocupa, assim como a decisão das grandes mineradoras de mudarem a forma de precificação, adotando reajustes trimestrais como base na média da oscilação da cotação do insumo no mercado à vista chinês. O novo sistema, segundo ele, trouxe ainda mais volatilidade ao setor. O presidente do IABr foi enfático ao afirmar que a decisão de impor aumentos na casa dos 100% só é possível onde existe uma concentração de mercado.
Fonte: DCI
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