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Brasil - Indústrias de ferroligas já demitiram em Minas 15 mil
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As demissões provocadas pela grave crise enfrentada pela indústria de ferroligas do Estado já atingiram cerca de 15 mil trabalhadores, conforme a Associação Brasileira dos Produtores de Ferroligas e de Silício Metálico (Abrafe). Atualmente, cerca de 80% da capacidade instalada do setor está ociosa, uma vez que os atuais preços da energia inviabilizam a produção. A extensão da Medida Provisória (MP) 667, que beneficia eletrointensivas do Nordeste, é apontada por empresários, entidades e autoridades como alternativa para reverter o quadro.
De acordo com o presidente da entidade, Edivaldo Holman, o número leva em consideração toda a cadeia de ferroligas, incluindo empregos diretos e indiretos. Os postos de trabalho diretos eliminados pelo setor totalizam 5 mil em função da crise causada pelo aumento nas tarifas de energia. A crise que afeta o segmento começou com o fim dos contratos de fornecimento de energia elétrica no final do ano passado. E as novas tarifas praticadas pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) impossibilitaram a continuidade das operações de diversas indústrias. "Houve um esforço muito grande desde que os contratos foram encerrados.
As empresas fizeram manutenção, concederam férias e promoveram cursos. Mas, no final de abril não teve mais jeito", diz Holman. Ele explica que a tarifa tem dois componentes: o de geração e o de transmissão. Somente no segundo houve um incremento de 301% para as indústrias. "Quando houve este aumento, não deu para segurar, pois a energia responde por cerca de 45% do custo operacional", explica o dirigente.
De acordo com o presidente da entidade, ainda não há uma estimativa de quanto será a retração no faturamento do setor em 2015. Porém, ele adianta que os efeitos da paralisação serão significativos. Para se ter uma ideia, a indústria de ferroligas movimenta cerca de R$ 32 bilhões anualmente. Outra preocupação é quanto ao mercado externo. Com a redução da oferta nacional, concorrentes de países como Alemanha, África do Sul e China estão buscando ocupar o espaço deixado pelas empresas brasileiras.
As exportações mineiras de ferroligas recuaram 44,4% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo intervalo de 2014. Os embarques somaram 53,145 mil toneladas, contra 90,241 mil toneladas nos primeiros seis meses do exercício passado, conforme o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Já a movimentação financeira caiu 8,1% na mesma base de comparação. Entre janeiro e junho os embarques movimentaram US$ 799,940 milhões, ante US$ 870,925 milhões na primeira metade de 2014.
Assembleia
A crise enfrentada pelo setor foi discutida ontem na Assembleia Legislativa de Minas. Além da Abrafe, deputados e entidades apontaram a extensão da MP 667 para o Estado como uma solução de efeito imediato. A medida estenderá os contratos de energia elétrica entre sete empresas no Nordeste do país e a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) até 2037. Holman considera a medida do governo federal bem estruturada e a extensão poderá ajudar a retomar a produção das empresas mineiras. Segundo ele "a entidade está satisfeita com o alinhamento entre deputados e entidade sobre a necessidade de ampliar os efeitos da MP", diz.
Fonte: Diário do Comércio
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