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Aço Brasileiro: Pior crise desde a de 2008
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O setor siderúrgico está vivendo a pior crise da sua história, segundo o presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes. Para ele, a situação é pior desde a enfrentada nos anos de 2008/2009. “Naquela época o setor estava capitalizado. Agora, está mergulhado em condições mais adversas. Estamos vivendo uma situação dramática”, disse durante o 26º Congresso Brasileiro do Aço & ExpoAço, realizado em São Paulo.
Ele observa que, com a suspensão de investimentos de US$ 2,1 bilhões do segmento, deixaram de ser criadas 7.194 vagas. Nos últimos 12 meses, finalizados em junho, a atividade demitiu 11.188 pessoas, e 1.397 contratos foram suspensos (lay-off). Para este ano, as estimativas são de demissões de mais 3.955 funcionários. Hoje, o setor está utilizando 69,9% de sua capacidade. “Deveríamos estar operando acima de 80%”, reclama.
Mello Lopes acredita que é necessário adotar soluções emergenciais, já que o mercado interno não cresce. Dados do Instituto Aço Brasil apontam que, no primeiro semestre deste ano frente a igual período de 2014, as vendas internas registraram queda de 12,9% no país.
Com redução nas compras dos principais consumidores de aço no país no período de janeiro a maio de 2015 – como da indústria, com recuo de 6,9%, e da construção civil, de 9,8% –, a perspectiva é de retração de 15,6% na comercialização doméstica. A produção do aço bruto no Brasil deve chegar a 32,8 milhões de toneladas neste ano – queda de 3,4% na comparação com o ano passado.
Em outubro de 2014, a previsão para 2015 para o consumo aparente do aço era de alta de 2%, conforme o presidente do conselho diretor do instituto, Benjamin Mário Baptista Filho. “Só que a situação do Brasil foi se deteriorando”, observou. Em fevereiro de 2015, o percentual foi revisto – queda de 2,8%. Estimativa que voltou a piorar em abril, com retração de 7,8%. A nova projeção, divulgada ontem, é de recuo de 12,8%. No primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2014, o consumo aparente teve queda de 10,4%.
Unidades
Paradas. No momento, há 20 unidades do setor siderúrgico desativadas ou paralisadas, sendo dois altos-fornos, quatro aciarias, quatro laminadores e outras dez unidades de várias áreas.
Fonte: O Tempo
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