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Eletrointensivas: novela tem final feliz (para alguns)
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Após diversas idas e vindas, o governo federal e as indústrias eletrointensivas instaladas no Nordeste chegaram a um acordo para a prorrogação dos contratos de fornecimentos de energia através da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), que vence no próximo dia 30 de junho.
O anúncio oficial do acordo deverá ser feito em Brasília pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, na próxima segunda-feira (22/06).
As tratativas, que vinham se arrastando por mais de um ano, foram concluídas na última quarta-feira (17/06) em Brasília. As empresas, que são abastecidas através do acordo há mais de 30 anos, têm despesas com energia que chegam a representar 40% dos custos de produção.
Juntas, Ferbasa, Braskem, Gerdau, Paranapanema, Mineração Caraíba, Vale do Rio Doce e Dow recebem da Chesf em torno de 800 megawatts.
Na Bahia, as eletrointensivas respondem por quase 8 mil empregos diretos, estão inseridas em cadeias que empregam quase 100 mil pessoas e são responsáveis por quase 60% do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) arrecadado.
Pelo acordo que foi firmado, será apresentada uma medida provisória no início da próxima semana, prevendo a renovação dos contratos de fornecimento de energia e a criação do fundo para investimento em energia renovável, com aplicações estimadas em R$ 20 bilhões, que seriam divididas entre o governo e as empresas.
Em abril, quando anunciou a criação do fundo, o ministro Eduardo Braga, disse que 49% do investimento seria público, através da Chesf, e os outros 51% seriam da iniciativa privada.
Segundo o deputado federal baiano José Carlos Aleluia (DEM), que acompanhou o processo de negociação, o valor médio cobrado pelo megawatt/hora passou de R$ 120 para R$ 125.
Ainda assim, ele acredita que foi encontrada uma solução boa para todos os envolvidos.
– Esta foi uma típica negociação em que todos ganharam. As empresas terão segurança em relação ao fornecimento de energia e o fundo de energia renovável que será criado é benéfico para todo o país – acredita.
– Agora o projeto vai tramitar no Congresso, mas acredito que a solução já foi encaminhada – garante.
Na reta final do processo de negociação, as maiores divergências entre governo e empresas aconteceram em relação ao preço que seria cobrado pela energia.
O governo queria um reajuste em torno de 10%, conforme antecipou a coluna Farol Econômico.
Questionado a respeito do acordo, o Ministério de Minas e Energia informou através da assessoria de imprensa que aguarda a finalização dos estudos sobre o assunto.
Fonte: Farol Econômico
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