Notícias

Brasil - Teksid fornecerá blocos de alumínio para motores da FCA

Publicada em 2015-11-20



Teksid confirmou a Automotive Business que concluirá em 2016 o programa de investimento de R$ 250 milhões na fundição de alumínio, que permitirá o fornecimento deblocos e cabeçotes para os novos motores GSE da Fiat Automóveis, de três e quatro cilindros. Hoje já são entregues à Fiat os cabeçotes de alumínio para toda a linha de motores. Outros projetos no campo do alumínio estão sendo negociados com montadoras, que desengavetam os planos para a modernização de seus motores para atender as exigências de eficiência energética do Inovar-Auto. 

Raniero Cucchiari, diretor comercial da Teksid para o Nafta e Mercosul, admite que o setor de fundição de blocos de motor e cabeçotes pouco tem a comemorar este ano. “Andamos no ritmo capenga do mercado, que era projetado em 5 milhões de veículos leves e este ano mal chegará aos 2,4 milhões”, afirma. As perspectivas, no seu entender, também não são boas para 2016, quando o segmento de leves deve registrar uma queda de 5% a 10%. Nesse cenário, só em 2020 seriam alcançados de novo o patamar de 3 milhões de unidades/ano. Os veículos comerciais, incluindo caminhões e ônibus, também reduziriam a marcha no próximo ano, caindo das atuais 90 mil unidades para 80 mil a 85 mil. 

A produção da fundição de ferro da Teksid destinada a blocos, cabeçotes e outros componentes automotivos deve recuar para 150 mil toneladas este ano, ante as 170 mil toneladas processadas em 2014. Um terço desses volumes corresponde a produtos para o segmento diesel, sendo o restante destinado a otto. 

Enquanto o mercado interno continua decepcionando, uma boa notícia vem das exportações, que avançam de 40 mil toneladas de ferro em 2014 para 50 mil toneladas este ano. “Temos a expectativa de voltar a ser predominantemente exportadores, como já fomos nos anos 1993 e 1994, quando 70% de nossos fundidos eram destinados ao exterior. Hoje estamos nos 30%”, revela Raniero. Ele explica que o crescimento será possível com o avanço da competitividade obtida com a desvalorização do real e com a busca de novos mercados.


Fonte: Automotive Business