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Setor automobilístico Brasileiro pode desacelerar ainda mais em 2016
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A condução da economia tem sido dos pontos mais complicados do atual governo e uma prova grande disso a gente vê nas engasgadas do setor automobilístico nos últimos anos. Quando a gente olha para trás, 2014 teve uma queda de 7,15% nas vendas de carros, caminhões e ônibus novos em relação ao ano anterior.
2015 foi o ano em que tudo despencou. Com a economia em constante desaceleração, a queda nas vendas foi de 26,55% e, olhando para frente, o cenário também não é dos mais otimistas. O analista de uma consultoria entrevistado pelo Jornal da Globo prevê uma queda de 17% em 2016.
"O setor não passava por uma crise dessa nos últimos 15, 20 anos. É um momento muito inedito para esse mercado automotivo que cresceu da maneira que cresceu nessa última década. Até as montadoras que conhecem muito bem o seu próprio mercado foram surpreendidas pela crise. O setor vai ter que se adaptar com esses números e consequentemente vai acabar demitindo mais em 2016", aponta Rodrigo Baggi, analista da consultoria Tendências.
Demitindo mais porque, em 2015, 9 mil trabalhadores perderam o emprego no setor automotivo no Brasil e, mesmo vendendo menos, os pátios das montadoras continuam lotados, com muitos e muitos carros parados, encalhados mesmo.
E olha que a gente está falando de uma indústria que no passado sempre foi conhecida por puxar a economia brasileira para frente. Desde a época de 1950, quando os primeiros carros começaram a ser fabricados no Brasil, em raros momentos se viu tanto pessimismo no setor. Alguns desses veículos ainda parecem atuais, duram até hoje. Só que o otimismo no número de vendas daquela época não continua mais não.
Como sair do buraco?
Como sair do buraco? A indústria aposta na exportação, principalmente para o mercado latinoamericano para pelo menos não afundar mais neste ano.
"2016 é um ano que a previsão é manter o mesmo volume de mercado de 2015, portanto o meercado ainda estabilizado, estagnado, mas um ano do ponto de vista estratégico importante para trasnformações e a restruturação e que é necessária fazer para se preoparar pra volta do crescimento em 2017", aponta Marco Antonio Lage, diretor de comunicação da Fiat/Chrysler.
"Nós temos uma expectativa de que nós chegamos ao fundo do poço em termos de setor automotivo no terceiro trimestre de 2015. Estamos lutando para a manutenção desse volume durante todo o ano de 2016 e eu quero lembrar que para voltar a crescer o primeiro passo é parar de cair. E, com isso, eu posso garantir que nos últimos seis meses nós paramos de cair e estamos projetando esse cenário de estabilidade nos proximos seis meses também", diz Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea.
Fonte: G1
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