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Com mais aço na China, cotação do minério de ferro volta a recuar
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O polimento que fez o aço chinês repentinamente brilhar no início do ano — e consequentemente também o minério de ferro — está sumindo. Não se deve esperar que ele volte de verdade. Desde que subiram 54% entre o início do ano e o fim de abril, os preços dos contratos futuros de primeiro vencimento de vergalhões de aço negociados na bolsa de Xangai recuaram cerca de 30%. A alta do aço ajudou a elevar o preço do minério de ferro, sua principal matéria-prima, em 60% no mercado físico. O preço do minério também atingiu seu pico no mesmo dia de abril que o do aço, para depois cair 27%.
Os reguladores chineses colocaram um amortecedor no mercado ao elevar as exigências de margem e as tarifas de transações tanto para os futuros de aço como os de minério de ferro, o que já está reduzindo a especulação que impulsionou os preços no início do ano.
Embora a especulação no mercado futuro tenha sido o estopim, os investidores devem ficar de olho na oferta da commodity física, que pode ter sido o que realmente alimentou a alta. As empresas que negociam aço começaram o ano com o menor nível de estoques em quatro anos, o que produziu um aperto na oferta quando, depois do Ano Novo Lunar, medidas de estímulo e efeitos sazonais elevaram a demanda.
Agora, a oferta está alcançando a demanda. Os estoques de fio máquina, um produto feito de aço enrolado bastante utilizado, subiram neste mês, segundo dados da empresa de análise Wind. E, com os altos preços dos últimos meses ajudando quase todas as usinas de aço da China a registrar lucro, segundo com uma pesquisa de maio da empresa de pesquisas MySteel — algo que não era visto desde 2012 —, a expectativa é de uma alta na produção à medida que as usinas se apressam para abocanhar esses ganhos.
Essa produção extra não será absorvida facilmente, considerando que a demanda de aço da China deve registrar uma queda sazonal a partir de junho. Isso pode explicar porque os participantes do mercado de aço ficaram pessimistas em maio pela primeira vez neste ano, segundo uma pesquisa do analista Ian Roper, do banco de investimento Macquarie.
No caso do minério de ferro, a resposta da oferta aos preços elevados também está ajudando a limitar os próprios preços. Muitas minas fechadas voltam a produzir se o preço de referência do minério de ferro ultrapassar US$ 60 por tonelada, diz Roper, o que aconteceu entre meados de abril e início de maio. Analistas observaram aumentos nas exportações de minério de ferro em países como Irã e Serra Leoa.
Em se tratando da China, um pouquinho de estímulo ou um relaxamento das restrições aos mercados futuros pode deflagrar outra alta do aço e do minério de ferro. Mas, considerando a ausência de uma demanda sustentável e a ameaça constante de uma oferta extra, essas altas também podem ter vida curta.
Fonte: mining.com
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