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Por que empresas que exportam estão menos vulneráveis à crise?
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A crise que obrigou uma boa parte do mercado a rever custos, cortar investimentos e adequar-se a tempos bicudos não abalou empresas que têm investido em exportações. Essas ainda foram beneficiadas com a recente alta do dólar, logo após as denúncias de Joesley Batista, do grupo JBS, envolvendo o presidente da República Michel Temer.
Este é o caso da Tropical Amazonia, que comercializa água de coco, pura ou misturada a chás e frutas. Rui Brandão de Carvalho, COO da empresa, espera dobrar o faturamento este ano, em relação a 1016, e a exportação de 10% da sua produção deve contribuir bastante para isso. “As exportações ajudam a melhorar o bottom line de forma impactante”, diz o executivo, que consegue praticamente dobrar a margem de lucro com a desoneração de impostos sobre os produtos exportados. A Tropical Amazonia começou a exportar em 2015 para o México, e agora atende também Portugal e Alemanha.
O Ministério da Indústria Comercio Exterior e Serviços (MDIC) anunciou que maio teve o maior superávit mensal já registrado: US$ 7.661 bilhões, um saldo positivo de 19% em relação a maio do ano passado (US$ 6.433 bilhões). Nos cinco primeiros meses de 2017, as exportações brasileiras somaram US$ 87.932 bilhões, valor 18,5% maior do que no mesmo período de 2016. O saldo comercial no período ultrapassou US$ 29 bilhões, o que representa 47,5% a mais do que foi alcançado nos primeiros cinco meses de 2016. Ampliaram-se os embarques para América Central e Caribe, África, Estados Unidos, Oriente Médio e Mercosul.
Com esse resultado, o MICS elevou a expectativa de saldo positivo de US$ 50 bilhões para US$ 55 bilhões em 2017, superando o recorde de 2016, de US$ 47,7 bilhões. Alguns analistas, porém, mostram-se cautelosos com esses números, lembrando que as exportações aumentaram em valores por causa do aumento de preços de commodities e não em quantidade. Por isso, as previsões otimistas podem não se confirmar nos próximos meses.
Herlon Bradão, diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação do MDIC, confirma aumento de 19,7% no índice de preços sobre produtos brasileiros exportados. Nessa conta, foram consideradas as altas de preços em produtos como minério de ferro (94,1%), petróleo (68%), soja (8%), veículos de carga (5%) e automóveis (1,8%). Já o índice quantum, que mede o desempenho dos volumes exportados, apresentou retração de 0,8%. Para Brandão, isto se deve à queda 78,6% nos embarques de milho por causa da quebra da safra.
Fonte: Experience News
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