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Os impactos da greve dos caminhoneiros na indústria de fundição
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A greve dos caminhoneiros iniciada em 21 de maio paralisou o país durante dez dias, somando prejuízos que podem vir a prejudicar a recuperação da economia brasileira em 2018, que seguia lenta, mas era gradual.
Segundo divulgado pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o crescimento econômico no primeiro trimestre do ano foi de 0,4% em relação ao quarto trimestre de 2017. Foi o próprio órgão que classificou a recuperação do país como “gradual”.
No entanto, os dez dias de estagnação podem interromper este ciclo virtuoso, comprometendo inclusive as projeções do PIB, que no último Boletim Focus acenavam para um crescimento de 2,37%.
As previsões do IBRE - Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas apontam que o impacto da greve dos caminhoneiros pode ser de cerca de R$ 15 bilhões no PIB deste ano. Caso este prognóstico se confirme, a alta do PIB brasileiro será de apenas 1,9%.
A verdade é que esta paralisação deixou muito clara a dependência do país em relação ao transporte rodoviário, afetando os fluxos de importação e exportação, com consequências para toda a economia. O quão prejudiciais estes efeitos serão, somente o tempo irá dizer, pois os índices econômicos estarão atrelados à reação do brasileiro ao pós-greve e também à sucessão presidencial.
Com vistas a avaliar os impactos preliminares desta paralisação na indústria de fundição, a ABIFA realizou uma enquete no dia 30 de maio, quando a greve completou dez dias. Foram enviados questionários via e-mail a 689 fundições. O retorno foi de 11%. Os resultados são apresentados a seguir.
Resultados
A primeira pergunta feita foi: A paralisação dos caminhoneiros afetou a produção da sua empresa? Dos consultados, 70% afirmaram que sim.
Para estes, o item seguinte questionava o quanto a produção da sua fundição havia caído nos últimos dez dias. Para 35% dos pesquisados, a queda foi superior a 50%. O mesmo percentual (35%) notou uma redução de 30% a 50% da produção, enquanto 4% registraram uma diminuição de 20% a 30%. Para 13%, a queda foi de 15% a 20% e para os demais (13%), foi de 20% a 30%.
Os motivos apontados para a redução do volume de fundidos nos dez dias anteriores à pesquisa foram: falta de insumos e matérias-primas (62%), falta de espaço para o armazenamento da produção, que em função da greve não foi entregue ao cliente (19%), e falta de mão de obra, pois os funcionários não conseguiram chegar ao trabalho (19%).
Sobre a previsão de recuperação destes “dias perdidos”, a maioria (36%) estima que em um mês a produção destes dez dias será recuperada. Para 28%, a previsão é de 15 dias, enquanto 14% afirmaram que em somente dois meses. Outros 14% dos pesquisados disseram que precisarão de mais de três meses para recuperar estes dias com produção prejudicada, seguidos de 8%, para os quais a recuperação demorará três meses.
A ABIFA segue acompanhando de perto os desdobramentos desta paralisação na indústria de fundição. Informações adicionais a este respeito serão divulgadas em sua Reunião Plenária, marcada para o dia 26 de junho.
Fonte: Assessoria de imprensa ǀ ABIFA
Fonte: ABIFA
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