Notícias

Reter talentos é desafio para fabricantes de autopeças

Publicada em 2018-06-12



Fabricantes do setor de autopeças enfrentam a dificuldade em reter talentos em suas fábricas, como ficou claro durante o VI Fórum de RH no Setor Automobilístico, realizado por Automotive Business em São Paulo na segunda-feira, 11. “Por causa do modelo de liderança, estamos perdendo profissionais após três ou quatro anos”, afirma o diretor de Recursos Humanos da Valeo, Kleber Daniel. 

“Atraímos muitas pessoas, o que precisamos é saber como retê-las”, diz o executivo, que participou do painel “O Ponto de Vista das Autopeças”, coordenado por Fernando Tourinho, diretor de RH da Bosch. A partir do questionamento da plateia, Tourinho perguntou se haveria neste momento escassez de talentos. 

Ana Borgonovo, diretora de RH da Mahle Metal Leve, afirma que há pessoas desqualificadas e recorda: “Às vezes o talento está dentro de casa e a gestão e o desenvolvimento interno de pessoas são bem importantes”, diz. 

“É preciso quebrar o paradigma de trazer pessoas cuja origem seja somente o próprio setor automotivo. Na minha equipe estou trazendo gente de outros mercados”, afirma Daniel. Sílvia Zwi, que dirige o RH da Eaton, revelou uma forma interessante de buscar talentos no processo de seleção: “Eliminamos de parte do processo informações como gênero e idade da ficha do candidato como forma de surpreender o entrevistador”, diz.

A especialista em programas de recrutamento do Google, Larissa Armani, revela que a própria natureza da empresa em que trabalha obrigou a mudanças no processo de seleção: “Não fazia muito sentido reter candidatos em longas dinâmicas de grupo que os obrigavam a faltar em seus trabalhos”, diz. 

A empresa adotou quatro sessões on-line de 45 minutos com perguntas que permitissem identificar no candidato a capacidade de resolução de problemas, a qualidade mais desejável e presente em vários perfis analisados pelo RH da empresa.


Fonte: Automotive Business