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Curso Técnico de Fundição volta ao catálogo do MEC
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Em 2011, o Curso Técnico de Fundição deixou de integrar o Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos (CNCT), do MEC – Ministério da Educação. A alegação era que o Curso Técnico de Metalurgia, também presente no catálogo, atendia à demanda dos profissionais da indústria de fundição.
Desde então, uma “batalha” foi travada para a reversão dessa decisão. Ciente da necessidade de uma formação diferenciada para o profissional que trabalha no setor de fundição, o SENAI/MG, juntamente com sindicatos e empresários de Minas Gerais e outros Estados, apresentaram no Painel de Especialistas do setor Metalúrgico, do Departamento Nacional do SENAI e CNI, a necessidade da formação de um profissional técnico na área de fundição, na qual o profissional técnico de metalurgia tinha atuação limitada.
Segundo Marco Túlio da Fonseca, gerente do SENAI Itaúna CETEF – MG, este painel tinha por objetivo trazer à tona informações relevantes sobre a realidade do mundo do trabalho, fazendo transparecer as mudanças tecnológicas e organizativas que estão ocorrendo ou ocorrerão tanto na área quanto no perfil profissional.
“A inserção do Curso Técnico em Fundição no Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos e sua aguardada aprovação vêm ao encontro de uma necessidade crescente de formação profissional no setor de fundição. A falta deste profissional, formado exclusivamente no SENAI Itaúna CETEF – MG, deixou um vazio na formação de técnicos especialistas para o segmento de fundição. Conhecido nacionalmente, o técnico em fundição, se inseriu no mercado de fundição em um nível intermediário na tomada de decisões estratégicas dentro da indústria. A ausência deste profissional provocou, principalmente nas médias e pequenas empresas, a falta de uma mão de obra especializada e, com isso, a falta de implantação de novas e modernas tecnologias na indústria de fundição.
Após essa conquista, inicia-se a fase dos tramites de homologação do curso no Conselho Nacional de Educação. Depois disso, o curso volta a ser oferecido.
Em algumas palavras, Fonseca resume a importância desta conquista para a indústria de fundição, que no pós-pandemia terá que investir mais do que nunca em produtividade: “Não vejo outra maneira, mais simples, de se atingir patamares de eficiência e qualidade de produção, do que investir em treinamentos e formação de especialistas na indústria, principalmente em nível técnico. A qualificação da mão de obra e a sua retenção são condições básicas para a indústria se estabelecer, crescer e dar sequência a este crescimento. O técnico em fundição, desde a primeira turma, formou aqueles que hoje são empresários e gestores das pequenas, médias e grandes empresas de fundição do Brasil. Sendo assim, nossa história foi escrita e devemos continuar a formar os novos gestores deste segmento industrial tão importante e único, que está presente em componentes mecânicos que atuam nas profundezas dos oceanos e que neste momento viajam pelos confins do universo. Fundição não é somente uma indústria, é a expressão máxima da tecnologia mais antiga na evolução humana. Só evoluímos porque a tecnologia evoluiu e foi passada adiante ano após ano. A isso, nós, do SENAI, chamamos de capacitação e treinamento”.
Fonte: ABIFA
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