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Foundry Gate

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Este foi o tema da apresentação de Carlos Quintella, presidente da QF Engineering, empresa focada em coaching & mentoring e desenvolvimento de mercado. Após iniciar a sua carreira profissional na Thyssen Fundições, no Brasil, em 1982 Quintella foi transferido para a sede da empresa na Alemanha. Desde 2003 nos Estados Unidos, o executivo também integrará o comitê técnico do CONAF 2021, com a missão de trazer palestrantes internacionais para o evento.

Números de mercado

Quintella iniciou a sua apresentação trazendo os seguintes números, compilados da AFS – American Foundry Society: Em 2019, os Estados Unidos contavam com 1.915 fundições. Em 1991 eram 3.200 plantas e, em 1955, 6.150 empresas.

No entanto, há de se considerar os números produzidos e o ganho de produtividade ao longo dos anos.

A exemplo do Brasil, a maioria (75%) é constituída por pequenas empresas, somando menos de 100 funcionários. No total, o setor emprega 200 mil profissionais.

Nos Estados Unidos, 90% de todo produto manufaturado contém algum tipo de fundido. O país é o terceiro maior produtor mundial (10,7 milhões t em 2018), atrás da China (49,3 milhões t) e Índia (13,3 milhões t). Neste mesmo ano, o Brasil ocupou a nona posição do ranking mundial, com 2,2 milhões t.

A imagem a seguir apresenta a distribuição setorial das peças fundidas nos Estados Unidos.

Em 2018, a produção mundial de fundidos somou 112,7 milhões de t. Onze países detiveram 90% desta fatia.

E apesar da China liderar o ranking, na Alemanha a produção/planta é cinco vezes maior que no país asiático, 3,6 vezes maior que na Índia e 5,3 superior à do Brasil.

Participação do Brasil no cenário global

Na imagem abaixo, fica clara, pela linha verde, a queda de participação do Brasil na produção mundial de fundidos.

Variação do uso das ligas em 22 anos

 O gráfico a seguir ilustra a produção mundial de ligas em 1996 e 2018, com destaque para a expansão do uso do alumínio e ferro fundido nodular, em razão principalmente da redução de peso das peças.

Tomando o ferro fundido por base, mais uma vez a produção/planta na Alemanha é superior a todos os outros países, chegando a ser 8 e 5,1 vezes maior que na China e no Brasil, respectivamente.

Considerações

• No cenário 2020, o “made in US” volta a ser uma bandeira forte de marketing do país e as fundições já se posicionam a seu favor.
• Automação: O nível de automação das fundições que representam 75% do mercado dos EUA é, em sua maioria, baixo. Nos próximos anos, a tendência é de aumento dos investimentos na área, em especial na automação de processos e em atividades que exigem grandes esforços físicos.
• Impressão 3D: o barateamento do custo desta tecnologia permitirá a produção em maior escala.
• Há grande expectativa de investimentos na área de infraestrutura nos EUA, independentemente do resultado das eleições.
• O impacto do carro elétrico na fundição é objeto de discussão há alguns anos, mas distante de dominar o mercado.