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Exportações de sucata voltam a cair em abril, com demanda aquecida no mercado interno
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As exportações de sucata ferrosa voltaram a cair em abril, ficando em 37.110 t. Este volume equivale a uma retração de -30,2% no comparativo com abril de 2020.
Na comparação com os primeiros quatro meses deste ano, a queda é ainda maior, de -61%. De janeiro a abril, foram exportadas 101.993 t, contra 264.540 t no mesmo período do ano passado. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Por outro lado, as importações em abril deste ano voltaram a crescer, alcançando 36.180 t. Segundo o INESFA – Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço, desse total, 28.802 t foram importadas pela Companhia Siderúrgica do Pecém (CE), “que dispõe de privilegiada logística portuária”. Se descontadas as compras da empresa, “o volume está dentro do esperado”.
Clineu Alvarenga, presidente do INESFA, afirma que “a compra verticalizada da sucata ferrosa por parte das usinas siderúrgicas (aciarias) inflaciona o insumo nas fontes geradoras, ao mesmo tempo em que baixas nos preços são impostas às empresas do setor sucateiro, na aquisição de materiais coletados e processados”. A entidade calcula que no mês de abril houve queda de cerca de -6% no preço da tonelada da sucata.
“A postura das usinas fabricantes de aço e compradoras de sucata, que operam como um oligopsônio (pequeno número de compradores), distorce os valores e prejudica a cadeia como um todo”, diz Alvarenga.
Diante desse quadro, a exportação se apresenta mais uma vez como importante alternativa ao equilíbrio e subsistência de toda a cadeia da reciclagem. A expectativa de Alvarenga é de que com o atual cenário e valores locais da sucata ferrosa, as vendas externas devem voltar a ganhar força nos próximos meses, após recentes retrações.
O executivo lembra que não há falta de sucata no país, sendo injustificável trazer o insumo do exterior. “As empresas de sucata estão atentas ao incremento da demanda e, no momento, estão destinando mais de 90% do total processado de materiais ferrosos ao mercado brasileiro, exportando somente o excedente”.
O consumo de sucata no Brasil vem reagindo desde o final do ano passado, puxado pela forte retomada da indústria da construção civil e maior procura por aço, podendo superar 9 milhões de toneladas neste ano, +12,5% acima de 2020, nos cálculos do Inesfa.
Fonte: ABIFA – Associação Brasileira de Fundição
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