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SETOR DE FERRO-GUSA PROJETA CRESCIMENTO DE 7% NO VOLUME DE PRODUÇÃO
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O setor de ferro-gusa no Brasil, especialmente em Minas Gerais, deve manter o ritmo de crescimento de 2021 neste ano. A expectativa de fechamento em 2021, segundo o presidente do Sindicato da Indústria do Ferro de Minas Gerais (Sindfer-MG), Fausto Varela Cançado, é de uma evolução de 7% na produção, chegando a 4,15 milhões de toneladas de gusa no Estado.
“Esperamos um aumento neste ano em relação a 2021 de 7%. As perspectivas apontam para essa direção e será o quarto ano consecutivo de crescimento.”
Segundo ele, a produção de ferro-gusa, nos últimos cinco anos, vem mantendo um viés de crescimento recuperando o declínio que o setor passou depois da crise econômica mundial de 2008. “Em 2020 e em 2019, as altas foram de 11%.
Em 2020, essa evolução foi puxada pelo mercado externo, pois houve uma retração no consumo do Brasil com alguns fornos de aciarias paralisados devido à pandemia. Mas em 2021, praticamente todos retomaram a operação”, afirmou.
Se em 2020 as exportações foram os responsáveis pelo crescimento da produção, em 2021 o volume das vendas externas voltou aos níveis históricos. No ano passado, disse Cançado, ocorreu a volta à normalidade em relação a participação das exportações na produção de gusa – 54% foram destinados às vendas externas e 46% ao mercado doméstico. “Em 2020, essa relação foi de 70% para clientes no exterior e 30% para as usinas daqui. Esperamos em 2022 manter essa normalidade”, disse Cançado.
O dirigente ressaltou que os Estados Unidos reassumiram o posto de maior destino das exportações do produto em 2021. No ano anterior, a China, com todos os estímulos à produção siderúrgica, era o principal mercado, com participação de 63% dos embarques de ferro gusa.
“Nas exportações, se em 2020 teve um considerável crescimento, principalmente com o retorno de mercados que estavam fora das nossas carteiras de negociação, em 2021, apesar da pequena queda, houve a retomada gradativa dos compradores tradicionais. Por isso o nosso otimismo para um novo crescimento.”
O que pode diminuir o ritmo de produção nas usinas de ferro-gusa é o abastecimento de matéria-prima, no caso o minério de ferro de alta qualidade. Segundo ele, a oferta de material de qualidade em Minas Gerais está “muito baixa”, isso porque o produto com maior teor tem como destino o mercado externo, principalmente a China.
“O baixo teor de ferro e a grande concentração de contaminantes resulta em perda de produtividade e, consequentemente, competitividade. Além de aumentar a geração de escória”, afirmou Cançado. Ele acrescentou que o preço alto da commodity, que em 2021 ficou em média em US$ 160 a tonelada, também foi uma das razões para a queda da produtividade do setor. “Tivemos que promover reajustes para compensar essa perda de competitividade.”
Fonte: datamarnews.com
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