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Brasil: Supermáquina com selo blumenauense

Publicada em 2010-11-08



Uma fábrica de carros de luxo começará a produzir em solo blumenauense a partir de 2011. A possibilidade, ventilada desde 2008, é tratada como certeza pelo diretor de negócios da Rossin-Bertin, Leandro Moser, após a apresentação do modelo Vorax, semana passada, no 26º Salão do Automóvel de São Paulo.

O investimento de R$ 35 milhões na estruturação da montadora, ao longo de três anos, também é dado como certo por lideranças políticas e empresariais da cidade.

"Por parte da empresa, já está definido. Nossa intenção é realmente ir para Blumenau, e agora só depende dos trâmites dentro da prefeitura" afirma Moser.

Os trâmites incluem um pacote de benefícios municipais e estaduais prometido aos empresários, mas que ainda depende de acertos. A garantia de apoio do Estado é a entrada da estatal SC Parcerias como sócia da empresa, a partir deste ano.

Os envolvidos na negociação acreditam que o anúncio oficial da instalação, com a assinatura de um termo de compromisso, ocorrerá no mês que vem. Tanto empresa quanto a prefeitura estão confiantes de que não há como retroceder no negócio.

No lançamento do carro, em São Paulo, o prefeito João Paulo Kleinübing foi convidado a retirar o manto que cobria o modelo ao lado do prefeito paulistano Gilberto Kassab.

"A aproximação com a empresa começou em 2007, 2008. O problema foi a crise econômica, que desacelerou o processo. Mas esta fase já foi superada" conta Kleinübing.

Catarinense, Moser diz que a opção por Blumenau foi pela imagem da cidade no Brasil e no exterior.

"Nosso produto é voltado para o público AAA. O conceito que as pessoas têm da cidade só vem para agregar ao nosso produto" acredita.

A previsão de entrega dos primeiros veículos é de 12 a 18 meses, com capacidade de produção de cinco unidades por mês. Quando a fábrica estiver com 100% de capacidade instalada, o que deve ocorrer entre dois anos e meio e três anos, a meta é fabricar um carro por dia.

Além de impostos e empregos gerados, outra vantagem de ter um produto com valor estimado em R$ 700 mil é a projeção da cidade. Para o especialista em Marketing de Cidades Carlos Ardigó, além da mídia espontânea, será preciso trabalhar para associar a marca ao município.

"Bons exemplos são a Itália, com a Ferrari; a Alemanha, com a BMW; e o Japão, com a Mitsubshi" aponta.


Fonte: Diário Catarinense