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Minério de ferro em Dalian cai pelo terceiro mês seguido com atenção aos problemas na China
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O minério de ferro registrou nova queda na bolsa de Dalian nesta quarta-feira (31), marcando sua terceira baixa mensal consecutiva, depois que uma pesquisa mostrando contração na atividade fabril na China levantou dúvidas sobre uma recuperação econômica no maior produtor e consumidor de aço do mundo.
O minério de ferro mais negociado, para entrega em janeiro, na Dalian Commodity Exchange da China ampliou suas perdas para uma terceira sessão, encerrando as negociações com queda de 1,7%, a 685 iuanes (US$ 99,35) a tonelada. No mês, em iuanes, a queda foi de cerca de 12%.
Na Bolsa de Cingapura, o contrato de outubro mais ativo do ingrediente siderúrgico reverteu as perdas iniciais, subindo 1% para US$ 98,30 a tonelada. No cômputo mensal, também houve perda.
A atividade fabril da China estendeu o declínio em agosto, com novas infecções por Covid-19, as piores ondas de calor em décadas e um setor imobiliário em apuros pesando sobre a produção, mostrou uma pesquisa
“A fraqueza econômica da China está se tornando cada vez mais impulsionada pela demanda. O sentimento de consumo e investimento entre famílias e empresas é fraco, aumentando o risco de uma espiral deflacionária”, disse Raymond Yeung, economista-chefe do ANZ para a Grande China, para a Reuters.
Novos surtos de COVID na China estão aumentando o medo de mais lockdowns no maior consumidor de minério de ferro do mundo antes do 20º Congresso do Partido Comunista, que começa em 16 de outubro.
A perspectiva baixista para a demanda de aço na China no médio prazo também pesou fortemente sobre outros insumos siderúrgicos, com o carvão metalúrgico e o coque recuando 2,4%, também pela terceira sessão consecutiva.
O UBS compilou ainda os últimos dados da World Steel, que mostram que a demanda de minério de ferro no mundo ex-China também está enfraquecendo, com a taxa diária de execução de aço bruto em julho em queda de 7% na base anual e do ferro-gusa em baixa de 11%, o nível mais baixo desde setembro de 2020. A queda acumulada de aço bruto no ano é de 5% e do ferro-gusa é de 7%.
“Vemos isso como um risco importante para nosso modelo de oferta e demanda de minério de ferro”, avaliam os analistas. Na China, aponta o UBS, aa demanda está se estabilizando em um nível mais baixo com a taxa diária de produção de ferro-gusa da CISA subindo entre os dias 2 e 10 de agosto. Os preços do vergalhão da China também subiram cerca de 4% em relação ao piso de julho, enquanto os spreads permanecem voláteis com os custos do carvão metalúrgico; os estoques de aço em usinas permanecem acima do normal. O estoque de minério de ferro nos portos chineses aumentou 1,2 milhão de toneladas, a nona semana de alta.
“Com os bloqueios persistentes por conta da Covid e o aumento da oferta, vemos um risco de queda persistente para nossas projeções de preços de minério de ferro de curto prazo. Continuamos cautelosos no médio prazo, esperando que a oferta aumente e a demanda caia”, avalia o banco.
Fonte: indicesbovespa.com.br
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