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AngloGold Ashanti investirá R$ 820 milhões em Minas Gerais ao longo deste ano

Publicada em 2025-06-16



Aportes serão destinados às operações Cuiabá, em Sabará e Caeté, e à planta metalúrgica Queiroz, em Nova Lima.

A AngloGold Ashanti investirá R$ 820 milhões em Minas Gerais neste ano. O montante faz parte de um total de mais de R$ 1,2 bilhão que será aportado pela empresa na América Latina. A cifra para o Estado inclui inversões nas operações Cuiabá, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), formada por duas minas subterrâneas (Cuiabá, em Sabará, e Lamego, em Sabará e Caeté), e uma planta metalúrgica (Queiroz, em Nova Lima).

“Os valores englobam novas tecnologias, descarbonização, melhoria contínua de performance, fechamento de barragens e estruturas geotécnicas, além de demais áreas importantes para garantir o sucesso de nosso negócio”, destaca o COO da mineradora de ouro sul-africana, Marcelo Pereira, em entrevista ao Diário do Comércio.

Em 2024, a companhia investiu R$ 800 milhões no Estado. À época do anúncio do aporte, realizado em junho do exercício passado, a empresa disse que os recursos serviriam para reforçar as operações no Brasil, com avanços tecnológicos, equipamentos e frotas, novas frentes de desenvolvimento de lavra e pesquisa mineral, além de ações sociais e de sustentabilidade.

É válido citar que Minas Gerais deve se tornar, em breve, o único local de produção da mineradora no País, já que a empresa vendeu, por US$ 75 milhões, a operação Serra Grande, em Goiás, para a Aura Minerals. Fechado recentemente, o acordo está sujeito ao cumprimento de condições, incluindo a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A previsão é que os trâmites sejam concluídos no terceiro trimestre.

Mineradora segue avaliando alternativas para complexo em Santa Bárbara

Conforme dito pelo CEO global da AngloGold Ashanti, Alberto Calderon, a venda da operação goiana garante que a companhia aprimore ainda mais o foco em alocação de capital, eficiência operacional e otimização do portfólio. Diante disso, a reportagem questionou Pereira se o complexo Córrego do Sítio (CDS), em Santa Bárbara, na região Central do Estado, cujos trabalhos foram suspensos em 2023, também pode ser negociado.

O COO da mineradora afirma que a unidade permanece em paralisação temporária e a empresa segue avaliando possíveis cenários e alternativas para o futuro. O executivo ressalta que as atividades de segurança, controle ambiental, manutenção e conservação dos ativos do empreendimento foram mantidas. E pontua que a obra de descaracterização da barragem de CDS II está prevista para ser finalizada até o início do próximo ano.

Investimentos em inovação

Pereira esteve em Belo Horizonte nesta semana para participar como painelista de um evento sobre inovação no setor mineral, organizado pelo Mining Hub. Sobre o tema, ele diz que a AngloGold Ashanti adota uma visão de longo prazo, onde a inovação impulsiona a evolução gradual e consiste do negócio, criando um ambiente propício a novas ideias.

“No Brasil, investimos continuamente em inovação para garantir a sustentabilidade das nossas operações, como demonstra as operações Cuiabá, em Minas Gerais. Em um ambiente desafiador como a mineração subterrânea, a tecnologia é crucial para segurança, custo e produtividade”, salienta o COO, citando inovações desenvolvidas pela empresa.

O executivo menciona, por exemplo, a automação da ventilação e eficiência energética da Mina Cuiabá, viabilizada pela implementação de uma rede no ambiente subterrâneo. A primeira carregadeira 100% elétrica do País a operar em uma mina subterrânea, em atividade na Mina Cuiabá. E os programas de engajamento interno, que incentivam colaboradores a propor soluções criativas e abrem oportunidades para avanços sistêmicos.


Fonte: Diário do Comércio