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Fabricante independente de autopeças prevê salto de 25%

Publicada em 2010-02-13



Os fabricantes independentes de peças automotivas projetam um incremento de, até 25% nos negócios em 2010. Integrantes de uma cadeia que movimenta cerca de R$ 60 bilhões por ano, dividida entre fabricantes, distribuidores, rede varejista e oficinas mecânicas, o setor prova dos benefícios da evolução da frota nacional, que no último ano já somava 27,8 milhões de veículos em circulação - salto de 38% desde 2000. Além disso, os consumidores têm optado em permanecer por um tempo maior com o carro, por conta da onda de desvalorização.

O fato é que mesmo com a crise financeira, o segmento cresceu 5% em 2009, ainda que a exportações sejam responsáveis por mais de 10% das autopeças que são comercializadas pelos mais de 2 mil fabricantes independentes do País. "Nosso mercado está diretamente ligado à frota circulante que vem batendo recordes no Brasil a cada ano", explicou Renato Fonseca, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Autopeças (Anfape), entidade que abriu os dados ao DCI.

O presidente da Anfape explicou que o mercado é alimentado pelos veículos a partir de três anos de uso, quando saem da garantia de fábrica, daí com a desvalorização, os proprietários passam a recorrer ao setor independente. Em relação aos efeitos da turbulência econômica, o representante setorial disse que durante o primeiro semestre do ano passado eles foram mais visíveis, porém a cadeia se recuperou gradativamente na segunda metade de 2009.

Fonseca, além de representar a Anfape, exerce a função de diretor comercial da Centauro Brasil, fabricante de latarias de automóveis e caminhões. A empresa pode saltar das atuais 550 mil peças vendidas em 2009, para a casa das 660 mil este ano. Já o faturamento pode crescer até 20%.

"Estamos investindo cerca de 5% do faturamento [não revelado] em novos produtos e tecnologia de produção", contou. A Centauro também direciona os aportes à ampliação da infraestrutura física, ao construir um armazém de 7 mil metros quadrados e no aumento da planta fabril. Com isso, a estrutura saltará de 18 mil para 25 mil metros quadrados.

Já na área de exportações, a empresa envia produtos para outros países da América Latina, além de regiões da Europa, África e Oriente Médio.

Retrovisores

Outra fabricante que está otimista em relação ao mercado é a Cofran, que no ano passado incrementou em 10% o faturamento e que para 2010, acha possível chegar a marca de até 25% de crescimento. "O frota cresce ano a ano, bem como as linhas de automóveis, então temos que acompanhar e crescer também", colocou Marcio Codogno, diretor comercial da Cofran.

A empresa, que fabrica as chamadas "peças visuais", no caso lanternas e retrovisores, tem hoje duas plantas fabris, mas está investindo em um novo espaço. "Estamos concluindo a aquisição de um terreno para erguer uma fábrica mais moderna, com cerca de 15 mil metros quadrados", revelou o direto comercial.

Codogno, afirmou que que a Cofran sentiu as dificuldades econômicas do último ano, que no final acabou sendo positivo, mesmo se incluído o efeito das exportações. A empresa envia seus produtos para América Latina, Europa e África. Especializada em maçanetas, borrachas e kits elétricos, a Universal Automotive também calcula crescer até 25% este ano, sendo que a comercialização de peças deve ampliar de 16 milhões para 20 milhões até o final do ano.

"Continuamos investindo apesar da dificuldade maior que houve no ano passado", contou Arnaldo Mamede, diretor estratégico e de suprimentos da empresa. O executivo incluiu ainda que a Universal está aportando recursos em um novo centro logístico, em Goiás. A empresa tem hoje uma planta fabril e um centro de distribuição.

Ao todo, a fabricante exporta para 18 países, divididos entre as regiões da América Latina, Europa, África e Oriente Médio.

Os fabricantes independentes de autopeças - as chamadas peças de reposição - projetam crescer até 25% em 2010. Isso porque, com a desvalorização dos preços dos carros usados no mercado, os consumidores têm optado por permanecer mais tempo com o veículo, esperando por preços melhores e com isso ampliam a troca de peças para realizar a manutenção. A frota nacional já somava 27,8 milhões de veículos no ano passado.

Essas empresas integram uma cadeia que movimenta R$ 60 bilhões por ano, entre fabricantes, distribuidores, varejo e oficinas. "Nosso mercado está diretamente ligado à frota circulante, que vem batendo recordes no Brasil", disse Renato Fonseca, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Autopeças.

São mais de 2 mil os fabricantes independentes. 

10/02/2010


Fonte: DCI