Notícias
Preço de aço deve subir até 10%
Tweet
Depois de amargar queda na produção, nas vendas e no lucro no quarto trimestre do ano passado – embora no balanço de 2010 tenha obtido aumentos expressivos nos três indicadores –, a Usiminas verifica recuperação do consumo de produtos siderúrgicos desde o começo de janeiro e, com isso, decidiu negociar a retirada dos descontos de preços que havia concedido aos clientes de diferentes setores. Com o fim dos descontos, o aço produzido pela companhia deverá ficar 5% a 10% mais caro a partir de 15 de março, acompanhando ajustes feitos por grandes empresas do setor no mercado internacional.
O presidente da Usiminas, Wilson Brumer, informou que há um processo de redução de estoques tanto na indústria quanto na rede de distribuição, reflexo não só da reação da economia, mas da perda de fôlego das importações. Ao divulgar ontem os resultados de 2010, o executivo deixou claro, no entanto, que a política da empresa será de preços equiparados às cotações no exterior. “Se nós começarmos a praticar preços incompatíveis com o mercado internacional, é claro que as importações vão aumentar e este não é nosso interesse”, afirmou.
Segundo o vice-presidente de Negócios da siderúrgica, Sérgio Leite de Andrade, atualmente é nula a diferença, como prêmio, entre os preços dos produtos siderúrgicos importados e vendidos no Brasil e aqueles praticados no mercado interno. Líder brasileira da produção de aços planos, a Usiminas usou o instrumento da denúncia antidumping contra oito países produtores como estratégia para diminuir o terreno dos importados.
Em janeiro, as importações brasileiras de aços planos recuaram para 125 mil toneladas. Leite lembrou que, no quarto trimestre de 2010, chegaram a somar 400 mil toneladas em alguns meses. Outra dificuldade que afetou os números da companhia no quatro trimestre está nos níveis ainda altos dos estoques de aço, estimados em 600 milhões de toneladas no mundo.
A Usiminas fechou 2010 com lucro líquido de R$ 1,6 bilhão, cifra 24% superior ao resultado de 2009, evolução superada pelo acréscimo de 29% da produção de 7,3 milhões de toneladas de aço bruto no período analisado. Das vendas físicas, que alcançaram 6,6 milhões de toneladas, com alta de 17% frente ao ano anterior, 75% foram absorvidas no mercado brasileiro. A receita líquida foi de R$ 13 bilhões, 19% acima do registrado em 2009.
Com o cenário desfavorável de outubro a dezembro, as vendas da siderúrgica caíram 7% frente ao terceiro trimestre, a produção diminuiu 14% na mesma base de comparação, levando o lucro líquido – de R$ 413 milhões – a uma queda de 38%. Brumer anunciou um programa de racionalização do consumo de energia do conglomerado, com o objetivo de buscar a sua autosuficiência até 2015. Não está descartada nos estudos em curso compra de ativos no setor de energia ou a participação acionária em empreendimentos de geração de energia.
Exportações da Vale
Depois de desbancar a Petrobras da liderança do ranking dos maiores exportadores do país em 2010, a Vale dá sinais de que deverá manter a posição neste ano. Em janeiro, a mineradora totalizou vendas externas de US$ 2,075 bilhões, aumento de 179,08% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior. Além disso, as vendas da Vale foram 88,5% maiores do que o total exportado pela Petrobras no mesmo período: US$ 1,101 bilhão.
Fonte: Estado de Minas
Tweet
Notícias Relacionadas
- Metalurgia 2025: Executivo do Trust Group destaca tendências do mercado de aço e as oportunidades no comércio internacional
- Criada uma liga metálica leve e flexível para temperaturas extremas
- Congresso Técnico da Intermach aborda Tendências da Inteligência Artificial e Tecnologias de Automação Industrial para a Indústria
- Provável ‘avalanche’ de produtos chineses no mercado global devido à sobretaxa americana preocupa indústria brasileira
- Schulz de Joinville realiza distribuição milionária a colaboradores com base em resultados
- Porto do Açu dispara nas exportações e lucra com guerra comercial entre gigantes
- Brasil desponta como potencial vencedor na guerra comercial de Trump, diz WSJ
- Brasil é o segundo em reservas de terras raras no mundo
- Veja Todas as Notícias