Notícias

Máquinas agrícolas vivem período de alta no Brasil.

Publicada em 2013-09-08



O período de plantio favorece o desempenho do segmento de máquinas agrícolas. Em agosto foram vendidas 7.807 unidades, alta de 2,6% em relação ao mês anterior. Na comparação com julho do ano passado o crescimento foi ainda maior, de 17,5%. O acumulado do ano é de 56.551 unidades, acréscimo de 26,4% sobre o mesmo período de 2012. Os números foram divulgados na quinta-feira, 5, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

“Entre abril e outubro, o plantio eleva a venda especialmente dos tratores de rodas”, afirma o diretor da Anfavea, Milton Rego. Esse setor específico registrou 6.315 unidades em agosto, alta de 3,9% sobre o mês anterior e de 16% em relação a agosto de 2012. As colheitadeiras também têm um bom momento pelas safras obtidas este ano e pela reposição de equipamentos por outros mais potentes.

Em agosto foram vendidas 550 unidades, alta de 7,2% sobre o mês anterior e de 32,9% ante agosto de 2012. O acumulado do registra 3.093 equipamentos, crescimento de 61,4% em relação às vendas do mesmo mês do ano passado.

Produção

A produção de máquinas somou em agosto 9.227 unidades, resultando em queda de 3,1% ante o mês anterior. Na comparação com agosto de 2012 houve alta de 22,4%. No acumulado do ano, 67.127 máquinas foram produzidas, 18,1% a mais que no mesmo período de 2012. Há um mês, a Anfavea reviu para cima suas projeções de produção e vendas de máquinas este ano por causa do bom momento vivido pela agricultura no País (veja aqui). Até o fim do ano o Brasil deve vender no mercado interno 83 mil unidades (alta de 18,4% sobre 2012) e fabricar 95 mil unidades (crescimento de 13,5%).

Mercado externo

Agosto foi favorável à venda de máquinas ao exterior. No mês foram exportadas 1.585 unidades, alta de 17% sobre o mês anterior e de 39% em relação ao mesmo mês de 2012. No acumulado do ano, com 9.952 equipamentos, o comércio exterior revela queda de 9,5%. Sobre a retração, Milton Rego recorda: “As fábricas que exportavam para a Argentina agora montam por lá. E o setor também tem problemas de competitividade.”

Novo patamar do dólar e exportações

Sobre a valorização da moeda americana, Milton Rego afirma: “As empresas certamente estão revendo os planos para exportar mais (...) Mas, num primeiro momento, a alta do dólar provoca um desarranjo na cadeia produtiva por causa dos componentes vindos do exterior”, diz.

O diretor da Anfavea acredita que a valorização do dólar pode ajudar a recuperar a exportação para mercados como a África, a Europa Oriental e os Estados Unidos: “Mas isso depende da estabilidade da moeda americana.” Ele esclarece que essa retomada é um processo demorado porque implica recompor a rede de revendas e itens de reposição no exterior.

Até o fim do ano devem ser exportadas 14 mil máquinas agrícolas, resultando em retração de 17,2%.


Fonte: Automotive Business