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Indústria de reciclagem de sucata do Brasil recebe investimento anual de R$ 100 milhões.
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Com uma capacidade instalada que é o dobro da existente no ramo da sucata, o reaproveitamento das latinhas de alumínio movimenta uma fortuna do tamanho de R$ 640 milhões ao ano somente na remuneração dos catadores em todo o Brasil. Em 2013, a cadeia da reciclagem do metal recebeu investimentos superiores a R$ 100 milhões e só não é maior porque praticamente não há mais latas no mercado, já que o reaproveitamento bate a casa dos 97,8%, de acordo com a Associação Brasileira do Alumínio (Abal). A tonelada do material custa R$ 3.400, segundo a cotação da London Metal Exchande (LME).
“A indústria tem investido massivamente no setor. A cadeia está toda preparada. O que o mundo imagina que seja lixo, para nós é uma matéria-prima supernobre”, diz o coordenador da comissão de reciclagem da Abal, Carlos Roberto Morais. De acordo com ele, a demanda pelo material é tão grande que o Brasil importa 40 mil toneladas anuais de países tão diferentes como Albânia, Coreia, Tailândia, Espanha, Itália, Polônia, Uruguai, Paraguai, Guatelama e El Salvador.
A reutilização das latas começou no país há cerca de 40 anos, quando as latinhas começaram a ser trocadas por produtos como videocassetes e episcópios (equipamento de projeção de folhas de papel na parede). “Foi a partir dessa época que elas entraram no mercado e começaram a virar dinheiro. Isso aconteceu porque a indústria do alumínio gerou uma demanda. Só é possível fazer com que uma coisa fique valiosa de houver demanda”, explica Morais.
Hoje, de acordo com ele, os catadores acabaram adotando um outro modelo de negócio. “Você vê as pessoas catando latinhas, mas elas se organizam, recolhem as latas em bares e restaurantes, em condomínios, fazem parcerias com produtores de shows. Até as micaretas permitem que grupos de catadores e cooperativas façam as coletas. A atividade ficou extremamente profissional. Um catador junta três ou quatro quilos de latinha e vende para um depósito ou para uma cooperativa. Eles se juntam e vendem 100, 200, 300 quilos de uma vez”, explica. Com isso, entre a saída da fábrica, o consumo, o reaproveitamento e a volta para o mercado, o ciclo das latinhas dura entre 30 e 45 dias.
As latas respondem por 50% do alumínio disponível reciclado no mercado. A outra parte é composta de panelas e outros produtos, como rodas de carros. “A diferença é que o ciclo de vida de uma panela é de 14 anos”, lembra Morais.
Fonte: Estado de Minas
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