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México irá dobrar produção de autopeças em 10 anos.
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Em três anos, o México saltou da 7ª para a 5ª posição no ranking mundial dos países produtores de autopeças, ultrapassando Brasil e Coreia da Sul. Em 2012 a produção mexicana atingiu US$ 75 bilhões e, este ano, deve chegar a US$ 80 bilhões. O objetivo do governo mexicano é elevar o faturamento do setor para US$ 90 bilhões até 2015, praticamente dobrando o volume registrado em 2005.
Do total produzido no México, cerca de 70% são destinados à exportação, tendo os Estados Unidos como principal mercado, seguido de Canadá, Alemanha e Brasil. A América do Sul (Brasil, Argentina e Colômbia) já é o segundo principal destino das vendas externas de autopeças do México.
O governo mexicano criou programas específicos para incentivar a indústria de autopeças e tem obtido sucesso na atração de investimentos de multinacionais. Relatório de um desses programas, o ProMéxico, aponta que no período de 2006 a 2012, 155 empresas fizeram investimentos no país. Entre as empresas mencionadas no relatório estão a Robert Bosch, Mahle, Nissan, Hitachi, Magna Internacional. Só em 2012, o país recebeu US$ 1,7 bilhão em novos investimentos.
Atrair investimentos e fábricas que façam a produção no país é um dos desafios do governo mexicano. A maioria das empresas apenas faz montagem das autopeças. De acordo com o relatório do ProMéxico, “71% do total da demanda por processos são importados, por isso há uma grande oportunidade de investimento para companhias estrangeiras”. Os processos com maior demanda no país são estamparia, fundição, forjaria e usinagem.
O baixo custo da mão de obra é colocado como destaque pelo programa de atração de investimentos: o custo da mão de obra representa 7% do custo de produção no México, enquanto significa 20,9% nos Estados Unidos, de acordo com o ranking de 2012 da KPMG.
Brasil X México - Para Antônio Carlos Meduna, conselheiro da área de Comércio Exterior do Sindipeças, o crescimento mexicano merece ser observado. “Apesar de ainda pouco representativa, a importação de autopeças daquele país cresceu 54% de janeiro a setembro de 2013, enquanto as exportações brasileiras de autopeças para o México no mesmo período sofreram redução de 16%”, diz.
“O México é, em alguns aspectos, o inverso do Brasil. Eles têm um mercado interno automotivo muito pequeno e ainda importam quase 1 milhão de veículos usados por ano dos Estados Unidos”, comenta Meduna. “Praticamente toda a produção automotiva mexicana é destinada à exportação. No Brasil ocorre o contrário: dos 3,7 milhões de unidades produzidas ao ano, apenas 500 mil veículos são exportados. A diferença é toda destinada ao mercado interno”.
Fonte: Usinagem Brasil
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