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GM demite funcionários por meio de telegrama.

Publicada em 2013-12-30



A General Motors enviou telegramas de  demissão para funcionários da  fábrica de São José dos Campos, no interior do estado, e anunciou o fechamento da linha de montagem  do modelo Classic. As cartas de demissão começaram a ser recebidas na manhã de sábado pelos trabalhadores, que estavam em férias coletivas.
Segundo a CSP-Conlutas, o número de demissões na GM de São José dos Campos pode chegar a 446. O sindicato dos metalúrgicos da região, ligado à CSP-Conlutas, fará plantão hoje para atender os trabalhadores.
“Vamos brigar para que a GM mantenha a linha de produção e amplie os investimentos na região. A montadora deixou de pagar muito imposto à prefeitura da cidade em todos esses anos. Além disso, ao contrário do que diz a empresa, o custo de produção é muito baixo, tanto que outras montadoras estão chegando à região”, disse Athágoras Lopes, secretário executivo da CSP- Conlutas.
Além das demissões, a empresa abriu em outubro um PDV (Programa de Demissão Voluntária), que foi aderido por cerca de 300 funcionários. Ao todo, mais de mil empregados já foram desligados da empresa no último ano por meio de PDVs. No telegrama recebido pelos funcionários, a GM informa que eles estão desligados da unidade a partir de amanhã e as verbas rescisórias serão pagas no dia 9 de janeiro, dez dias após o desligamento. “É um absurdo a empresa fazer isso, sendo que na semana passada firmou acordo com o governo federal para reduzir o IPI”, contou Antônio Ferreira de Barros, presidente do sindicato.
Em março,  foram demitidos cerca de 600 funcionário na GM.
“Só nos últimos três anos, foram feitos dois acordos com a GM para evitar o fechamento de postos de trabalho na região. Vamos conversar com as outras centrais sindicais para iniciar um movimento nacional pela manutenção dos empregos. O governo deveria exigir a manutenção dos postos de trabalho em contrapartida à redução de impostos”, disse Lopes.
Em nota, a GM informou que vai investir R$ 5,7 bilhões nas fábricas de São Caetano, na região do ABC, e Gravataí (RS). Além disso, o fim da linha de montagem estava previsto no acordo fechado em janeiro de 2013.

 


Fonte: Diário de São Paulo