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Engenheiro ganha R$ 19,6 milhões da CSN.
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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou sentença do Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJ-RJ) que condenou a CSN a pagar uma indenização de R$ 19,6 milhões ao engenheiro Fábio Jorge Botelho Baptista. Embora as duas partes ainda possam discutir o valor, não cabe mais recurso da decisão. Fábio comprovou ter desenvolvido e patenteado uma ferramenta que torna mais eficiente o processo de vazamento do gusa - o ferro fundido que depois vai ser transformado em aço.
De acordo com Fábio, depois de usar sua ferramenta por dois anos, a CSN passou a comprar o mesmo equipamento de empresas que não detinham sua patente. Para competir com os novos fornecedores, ele foi obrigado a baixar o preço do produto.
Em entrevista ao portal noticioso G1, Fábio afirmou que o mais importante nesse processo foi o fato de a Justiça ter condenado a Companhia por permitir que empresas não autorizadas se aproveitassem de seu esforço.
- Sou um pequeno inventor. Foram de dois a três anos desenvolvendo a ferramenta com investimento meu. Foi um empenho muito grande, sem financiamento nem ajuda de ninguém. Quando vi minha invenção sendo usada por empresas não autorizadas me senti muito mal - disse.
O advogado de Fábio informou que também está processando as empresas que usaram o invento do engenheiro sem autorização.
Procurada pelo site G!, a CSN afirmou que não se pronunciaria sobre o assunto.
O que a ferramenta faz
Um alto-forno é alimentado em sua parte superior com coque, calcário e minério de ferro. Por baixo, entra ar aquecido a mais de 1.000 graus Celsius. Essa temperatura elevada faz com que o oxigênio presente no minério de ferro se junte ao carbono do coque, formando gás carbônico, ferro gusa (ferro puro em forma líquida), e a chamada escória, formada pelas impurezas do minério de ferro, os fundentes (calcário) e as cinzas do coque. Como a escória é menos densa do que o gusa, ela flutua sobre ele.
Cada vez que se forma uma determinada quantidade do líquido composto por gusa e escória em uma parte do alto-forno chamada cadinho (uma espécie de tanque) , é feito o vazamento: parte do revestimento refratário é retirada para que o líquido escorra, com um sistema simples separando por gravidade o gusa da escória: como é mais denso, o gusa sai por um furo mais abaixo, indo para os carros-torpedo, e a escória sai por um furo mais acima, indo para o resfriamento e depois sendo utilizada na produção de cimento.
A ferramenta criada por Fábio faz esse processo de furar a parede refratária do cadinho de forma mais eficiente do que as que existiam anteriormente.
Fonte: Diario do Vale
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