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Ford do Brasil volta a parar produção de caminhões
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A Ford vai parar por mais seis dias a produção de caminhões na fábrica de São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista. A partir de amanhã, 900 operários da linha saem de folga e só retornam no dia 14. Esses dias serão descontados do banco de horas dos empregados.
Outras montadoras de veículos pesados - como a MAN, a Mercedes-Benz e a Scania - também estão ajustando a produção com medidas que vão de paradas de linha a férias coletivas e afastamento temporário de operários. Antes do Carnaval, a Ford já tinha interrompido por cinco dias a produção de caminhões no ABC, em virtude da retração do mercado doméstico e das exportações para a Argentina.
Ontem, a Fenabrave, que representa as concessionárias de veículos, informou que as vendas de caminhões no Brasil caíram 11,2% no primeiro trimestre. Mesmo assim, a entidade das revendas ainda espera uma recuperação do mercado com a simplificação dos processos de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Em virtude do atraso na definição das novas regras da linha de financiamento para bens de capital do banco, seguida por lentidão nas aprovações de crédito, as vendas de caminhões interromperam a recuperação mostrada no ano passado. Segundo a Fenabrave, as aprovações de financiamento, que costumam levar entre 25 e 30 dias, chegaram a demorar até 50 dias no início do ano. Contudo, o BNDES anunciou às empresas que vai simplificar a tramitação desses processos, o que deve destravar as vendas, informou Flavio Meneghetti, presidente da Fenabrave.
Assim, a entidade segue projetando crescimento de 2% a 6,4% nos emplacamentos de caminhões até o fim deste ano, o que significaria um volume na faixa de 158,8 mil a 165,7 mil unidades.
Números divulgados ontem pela Fenabrave mostraram queda quase generalizada entre os diversos segmentos da indústria automobilística no mês passado. No total, os emplacamentos de veículos - entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus - caíram 15,2% na comparação com o resultado de um ano antes e 7,2% em relação a fevereiro.
Foram licenciadas 240,8 mil unidades em março, no pior resultado em 13 meses. O setor não mostrava volume tão baixo desde fevereiro do ano passado, quando 235,1 mil veículos tinham sido emplacados. Com isso, o mercado, que crescia 4,6% até fevereiro, inverteu a curva e fechou o trimestre acumulando queda de 2,1%, num total de 812,8 mil veículos vendidos nos três meses.
Durante a divulgação dos números, Meneghetti, atribuiu o resultado negativo ao impacto do reajuste de preços - da ordem de 5% - em decorrência da recomposição do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e da obrigatoriedade de dois novos equipamentos de segurança nos carros: airbags e freios ABS. Isso, disse ele, se combina ao cenário de escalada dos juros, inflação em alta e seletividade dos bancos na liberação de crédito. "O apetite dos bancos em assumir risco diminuiu consideravelmente", comentou o executivo em coletiva à imprensa. (Valor Econômico/Eduardo Laguna)
Fonte: Valor Econômico
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